Mas posso contar coisas. Posso contar como foi o meu ano novo. Fiquei com a Donidália, o André, o Sérgio e a Possidónia em casa, tinha frio e não me apeteceu ir para Alportel, onde nos obrigam a ter frio e andar e ver moinhos e passear e ir à floresta e essas coisas.
Como somos todos pequeninos não foi fácil fazer a festa porque não chegávamos a lado nenhum, nem à comida, nem aos pratos nem a nada. Mas foi giro. Cantámos músicas, vimos televisão. Vimos filmes antigos, a Donidália chorou, o Sérgio também. Depois fomos dormir e quando acordámos, durante o pequeno almoço, fizemos as nossas promessas de ano novo.
Alfredo: tomar conta da Donidália. Comer menos. Escrever mais no blog (... está a correr bem até agora). Usar meias quando calçar sapatos.
Donidália: comprar flores para o vaso novo. Trabalhar menos. Gostar de mim.
André: trabalhar outra vez. Desentupir a banheira. Arranjar os azulejos da casa de banho. Apertar a torneira do bidé. Fazer dieta de glúten. Ajudar o João Esquecido que se esquece sempre de peças a pendurar a prateleira das especiarias na parede. Escrever poemas concreto-existencialistas (estou p'ra ver). Cortar as unhas.
Sérgio: ir ao Brasil (esta foi a mais engraçada)
Possidónia: escrever um livro. Plantar uma árvore. Ter um filho. (ela estava de mau humor, não costuma acordar muito bem disposta)
E voltando aos blogs, ou blogues (blá blá blá), vou continuar a escrever porque gosto. E porque, podem ter a certeza, os poemas concreto-existencialistas do André merecem ter um canto onde ver a luz do dia.
possivelmente eram saudades tuas... aturar o alfredo não deve ser fácil!
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