sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

acho que esta é mesmo aquela altura em que alguns amigos mais doces me dizem....

não será altura de começares a pôr mais fotografias no blog?...

pronto está aqui um poema do andré. eu disse que era estranho mas se calhar não é. não sei muito bem.

uuuuuuiiiiii
que sou no profundo vale dos lençóis?
Uns olhos de sono ou de rato?
Sílabas soltas e MaIuScUlAs alternadas
com


pinhões?





o não saber ler porque não entendo os livros e me cansa os olhos
o não gostar de cerejas porque tem caroços ou de

camarão

porque tem


casca?

serei vento? Espírito liberto? Sons de madeira na noite deserta?


Toc toc toc


ou será preguiça em vez de vontade?


Será que se escreve assim? Ou açim?
Mergulho na dor de ser poeta
bebo uma coca-cola
um bolo de chocolate sem farinha que é como quem diz



sem gluten............................................
Eu sei que tenho andado muito calado. Mas tenho andado a pensar nesta coisa dos blogs. Ou “blogues” que eu não quero ficar atrás dos outros. A verdade é que eu não tenho muito a dizer. Ou nada. É isso. Não tenho nada a dizer. E prefiro assim.

Mas posso contar coisas. Posso contar como foi o meu ano novo. Fiquei com a Donidália, o André, o Sérgio e a Possidónia em casa, tinha frio e não me apeteceu ir para Alportel, onde nos obrigam a ter frio e andar e ver moinhos e passear e ir à floresta e essas coisas.

Como somos todos pequeninos não foi fácil fazer a festa porque não chegávamos a lado nenhum, nem à comida, nem aos pratos nem a nada. Mas foi giro. Cantámos músicas, vimos televisão. Vimos filmes antigos, a Donidália chorou, o Sérgio também. Depois fomos dormir e quando acordámos, durante o pequeno almoço, fizemos as nossas promessas de ano novo.

Alfredo: tomar conta da Donidália. Comer menos. Escrever mais no blog (... está a correr bem até agora). Usar meias quando calçar sapatos.

Donidália: comprar flores para o vaso novo. Trabalhar menos. Gostar de mim.

André: trabalhar outra vez. Desentupir a banheira. Arranjar os azulejos da casa de banho. Apertar a torneira do bidé. Fazer dieta de glúten. Ajudar o João Esquecido que se esquece sempre de peças a pendurar a prateleira das especiarias na parede. Escrever poemas concreto-existencialistas (estou p'ra ver). Cortar as unhas.

Sérgio: ir ao Brasil (esta foi a mais engraçada)

Possidónia: escrever um livro. Plantar uma árvore. Ter um filho. (ela estava de mau humor, não costuma acordar muito bem disposta)

E voltando aos blogs, ou blogues (blá blá blá), vou continuar a escrever porque gosto. E porque, podem ter a certeza, os poemas concreto-existencialistas do André merecem ter um canto onde ver a luz do dia.

o Sérgio foi fazer desportos radicais para a Expo.
eu não fui porque não quis.